sábado, 29 de setembro de 2007

CASINHA E PEZINHO

Todos sabem que grafia em Português não é flor que se cheire. O “x” de “lixo” não se lê como o de máximo”, nem como o de tóxico, que por sua vez, não se lê como o de exame”. Para piorar, o “x” de lixo tem o mesmo som do grupo de “ch” de “chato”, “chamar” , “charco”.

Diante de tanta complexidade não é fácil evitar erros de grafia. O melhor mesmo é tentar assimilar o que pode ser sistematizado. Parece não ser muita coisa, mas pode funcionar muito bem. Vamos a alguns casos, começando pelo diminutivo que confunde muita gente.

PORQUE O DIMINUTIVO DE “CASA” É “CASINHA”, COM “S”, E O DE “PÉ” É “PEZINHO”, COM “Z”?

Por uma razão muito simples: o sufixo “zinho” que indica flexão de grau diminutivo, escreve-se com “z”. “Pé” vira “pezinho”, “mãe” vira “mãezinha”, “pai” vira “paizinho”, “bar” vira “barzinho” e por aí vai.

Já o caso de “casa” é diferente. Não se acrescenta o sufixo “zinho” (“zinha”, no caso), e sim “inho” (“inha”). Afinal, trata-se de “casinha” e não de “casazinha”. Então, se se acrescenta “inho/inha”, vale o “s” de casa (casa+inha = casinha). O mesmo se pode dizer de “japonesinho” (japonês+inho, “lapisinho" (lápis+inho) etc.

E “NARIZINHO”?

Segue o mesmo esquema: nariz+inho = narizinho. Então, se o que se acrescenta é realmente o sufixo “zinho”, usa-se a letra “z”. Se o que se acrescenta é “inho”, inha”, vale a grafia da palavra primitiva.

Um comentário:

Marqarethe Carvalho disse...

Oi Miri,

Legal o seu blog! Já estou adicionando aos meus favoritos para que os meninos unam o útil ao agradável, pois eles irão fazer seleção para o CEFET, e ajudará, não?!